Um Pouco de L.L. Ludovico Póvoa
L i de um hausto só os poemas enfeixados no www.amoristica.art.br, do jovem poeta (que dulçor de prodígio ser jovem, e ainda mais poeta!) e internauta Leonardo Luiz Ludovico Póvoa, onde me deparei com a técnica do poema telegráfico, o verso conciso, lacônico, a exprimir com sentimentalidade e lucidez” a orquestra da vida”. “Sou um breve e longo começo(...) Pedaço de peixe (...)Flutuo o meu pequeno barco à deriva ( ...) – coisas tais que inebriam o leitor, que se debruça na leitura desse conjunto de particularidades líricas, inspirando- se aqui e ali nos lampejos dessas ascendentes composições poéticas. Feliz do homem- penso eu – que conversa com a vida, utilizando-se dos mistérios da poesia para se tornar arauto ou citarista da alma, em movimento na música das palavras. Leonardo, já o bardo, de flagrantes fulgurações poéticas, nos diz que “Hoje em minhas mãos/nasceu uma vida eterna”. Sereno, no manejo do verso, Leonardo muitas vezes ala-se do vôo da metáfora, para se libertar da história, e isso, em poesia, é um dom Divino, sopro dos deuses. Daí porque todo poeta acaba por levar seus neurônios à loucura, tamanha é a angústia em desvendar os signos selvagens desse ofício, que se levanta contra o efêmero.
Poesia é uma explosão da alma. E para se chegar a Paramita, ( que segundo o Manual do Zen Budista significa perfeição) é preciso extrapolar a juventude do diamante, se é que o seu brilho é eterno. Ora, quem somos nós para questionarmos a conteudística da perfeição? Nós, repito, grãos atirados à jeira, a espera de novos semeios? Eis que de repente, à minha frente, em meio a estafante cotidianeidade, o poeta Leonardo Luiz Ludovico Póvoa, do alto de suas esguia compleição e bizarro em pessoa, veio buscar de mim algumas palavras ( impressão de leitura, talvez) sobre sua estréia no espinhoso e fascinante palco das letras. Pobre de mim. Que poderes de oráculo tenho eu para augurar-lhe o futuro, entre os vendavais da poesia? Sei apenas (ou apenas penso que sei) que se acreditar desesperadamente, com renúncias, paixão e tudo, na poesia, há de perdurar e muito, além das coisas fúteis dessa vida. E , por certo, até onde a aurora esparramar seus raios, o amor pelo belo fecundará novas forças na engenharia dos teus sonhos. Por que o sonho, é o luzeiro maior dos homens. Tanto que, sem ele, morreremos antes. Ame-o, pois , toda vez que agarrar a poesia na “brancura do primeiro beijo”. .
Escritor Goiano Gabriel Nascente